terça-feira, 28 de agosto de 2012

Onde os caras de pau não tem vez!

Olá!!
Prometi post e cá estou eu, escrevendo estas mal traçadas linhas.


Devo dizer que, a banda pela qual escrevo este post é uma das minhas favoritas e que com toda a certeza desse mundo, quiçá de outros mundos, é a melhor banda de rock dos últimos 20 anos.

O Foo Fighters nasceu, cresceu musicalmente, teve muitas encrencas no meio do caminho por conta de vários motivos: overdose de uns, incompetência de outros(pelo menos pela visão do seu líder e vocalista, Dave Grohl) e a "encheção" de saco que só quem teve uma banda na vida sabe como é. Resultado: muitos queriam pular fora do projeto que, finalmente, estava dando certo.

Grohl ficou muito irritado e abalado e decidiu se exilar na casa de sua mãe por uns dias, antes de um show que marcou a consolidação da banda. Nesse meio tempo ele compôs a Times Like These e a expôs para o mundo neste festival.

Mas, o mais interessante disso tudo nesta música é o fato de que a banda sempre evitou posicionar-se politicamente e mesmo assim o então candidato a presidência Sr. George W. Bush, a usou, sem a permissão da banda.

O que Dave fez? Decidiu apoiar publicamente a campanha de John Kerry, seu adversário. Claro né? Vai usar a música sem permissão?! E ainda por cima como meio de angariar votos de algo que ele nem apoiava? Nem pensar!

Ser fiel às ideias e fazer com que elas correspondam a sua maneira de agir é o caminho certo. Se existe algo que eu admiro é coragem para assumir suas opiniões e lutar contra aqueles que a tentam deturpar. Portanto, eleitor, pense nisso. São em tempos como este que você aprende a viver - e a votar - de novo.

 


Em qual disco você pode achar: One by One (2003)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Eu peço paz

Volta a música popular brasileira ter espaço neste blog. 

Ouvi essa sugestão do caríssimo Marcos Teixeira, autor do blog "Bola de Bigode" (http://marquinhosportugal.blogspot.com.br/), que, a propósito, bem recomendo como leitura na área esportiva.

Mas, voltando ao que importa e a uma mulher que merece e muito o meu respeito, a Dalva de Oliveira, como ela própria se batizou. Posso dizer que ela foi uma mulher que nunca aceitou "não" como resposta. De família humilde, Dalva batalhou seu lugar ao sol até encontrar seu companheiro de amor e ódio (e muito ressentimento): Herivelto Martins.

Entre muitos tapas e poucos beijos, eles formaram o casal que mais se atacou através de músicas. Foram tantas que fica difícil escrever sobre cada uma delas e, para mostrar que atrás de todo ódio enraizado há um amor latente, falarei de Bandeira Branca, seu grande sucesso.

Mesmo com todas as traições e traumas que ele lhe causou ao longo dos anos, ela decidiu expor nos versos da canção, no show realizado no Maracanãzinho - lotado, diga-se de passagem - que não podia mais ignorar o fato de que ela ainda o amava e muito. Sem saber, este se tornou o seu adeus também pois, pouco tempo depois, Dalva faleceu e pôs fim no drama daquela relação, de maneira trágica e nada feliz. 

Daí você pensa: ela cedeu e não adiantou de nada. Claro que adiantou! Mesmo tendo brigado como cão e gato com ele a vida toda, Dalva fez questão de dizer o que sentia. Não deixou para depois e ficou em paz, ela pediu paz e talvez tenha a conseguido. 

Por tanto, respeitável público, eu vos digo que bons exemplos devem ser seguidos: renda-se a saudade que te invade e peça paz.


Em qual disco você pode achar: Bandeira Branca (1970)

domingo, 19 de agosto de 2012

Para as minhas doces crianças

Pra fechar a semana com chave de ouro, vamos falar de uma de música que teve um enorme sucesso, tão grande, mas tão grande quanto o ego do seu vocalista, Axl Rose. Sim, falo de Guns N' Roses e de seu enorme sucesso, Sweet Child O' Mine, celebrado até hoje e com a sua mais que merecida 1ª posição na Billboard Hot 100, durante duas semanas em Setembro de 1988.

Sim, minhas doces crianças, música boa vem por acaso, e essa não seria diferente. Slash, Duff e Izzy estavam sentados na sala de estar perto da lareira, onde Slash estava tocando a introdução de "Sweet Child O' Mine", enquanto os outros dois estavam tocando os acordes por trás dela. Axl, que estava no andar de cima, em seu quarto, começou a escrever a letra. Slash classificava aquela sequência de guitarra como um "exercício pessoal meio idiota", mas para sua surpresa, no dia seguinte, quando estavam ensaiando no Burbank Studios (fazendo uma pré-produção), Axl quis que tocassem novamente o que estavam tocando na noite anterior. Logo, ela se transformou em uma música, e ao ser lançada fez o maior sucesso. Alguns dizem que Izzy fez a música com a ajuda de Slash, e outros falam que Axl fez para Erin.

O fato é que o Axl brada aos quatro ventos que a "doce criança" é Erin Everly, namorada de Axl na época e sua futura esposa, a quem ele chegou a oferecer metade dos royalties da música, alegando que nunca poderia ter composto a letra sem ela como inspiração (te contar, se ela recusou, ela foi MUITO burra).

Como a música tem 5:56, a "santa" MTV decide cortar uns pedacinhos... Sabe como é né, pra ficar mais compacta, mas isso irou a banda e com razão. As rádios e a MTV cortaram justamente o solo do Slash, o que faz a música ficar sem graça sem ele. Abaixo a transcrição de uma entrevista concedida pelo Axl à Revista Rolling Stones:

"Eu odiei a edição que fizeram em "Sweet Child o' Mine". As estações de rádio me disseram: "Bem, seus vocais não serão cortados", mas a minha parte preferida da canção era exatamente os solos de guitarra. Não havia razão para que tivessem diminuído a música, exceto por quererem abrir mais espaço para os anúncios publicitários e com isso os proprietários das rádios faturarem mais dólares."

Taí, umas das poucas palavras sábias que o Axl proferiu ao longo de sua carreira. No mais, eu digo: Pra onde você vai agora, doce criança? Eu mesma respondo: Ouvir no último volume esse solo do Slash!




Em qual disco você pode achar: Appetite for Destruction (1987)


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Má reputação


Bom, tá na hora de retomar a reputação deste blog, não é?

Brincadeiras à parte e como diria Joan Jett "Eu não to nem aí sobre a minha reputação", afinal o blog tem o propósito de relatar a história de cada canção, em todos os seus prismas, sendo essa história positiva ou não, sem preconceitos.

Falando em preconceitos, todo admirador do AC/DC sabe que a banda é mal vista, comparada aos satanistas por vezes (e, em até certo ponto eles têm certa razão...) e que detém influência "negativa" sobre as pessoas.

Porém, como diz o velho ditado "a maldade está nos olhos de quem vê" e eu acrescento "e nos ouvidos de quem ouve". Aconteceu isso com a música Night Prowler que, "carinhosamente" teve seu título alterado para Night Stalker.

O que aconteceu foi o seguinte, Ricardo Leyva Muñoz Ramírez, um assassino, era fã da AC/DC e, de acordo com fontes policiais, vestiu uma camiseta da banda quando cometeu alguns dos crimes, e ainda deixou um chapéu da banda em uma das cenas do crime. A canção do álbum Highway To Hell descreve a entrada sorrateira noturna no quarto de uma mulher, e era, alegadamente, a canção favorita de Ramírez e contribuiu para a sua alcunha “Night Stalker”.

Mas espere! Alguns anos mais tarde, o incidente foi descrito na edição dos AC/DC no programa da VH1, “Behind the Music”. A banda explicou que, embora a canção tivesse adquirido uma conotação negativa associada aos homicídios, na realidade era sobre um rapaz que entrava, às escondidas, no quarto da namorada, sem os pais dela saberem.
Tá, tudo bem, não é o sentido mais puro do mundo mas, pelo menos não se refere a assassinatos não? É aquela história, cada um interpreta a música do jeito que quer né? A mente humana é estranha, não?


Em qual disco você pode achar: Highway To Hell (1979)

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Pra não dizer que não falei dos "sertanejos"

O que fazemos pelas nossas mães, não?

Pois é, as lágrimas da dona Rosely ao assistir o clipe do Luan Santana derreteram o meu coração e me fizeram escrever este post, nobre leitor.

Eu sei, eu sei, não tem nada a ver comigo, mas fazer o que? O que manda neste blog não é meu gosto musical, mas sim a história que a música carrega e, por incrível que pareça, essa música está fazendo história nas redes sociais.

Com apenas um dia de lançamento, o cantor sertanejo contou no Twitter que bateu um recorde: O clipe "Te Vivo" é o video musical brasileiro que, em 24hs, mais teve visualizações na história do youtube. De acordo com a assessoria do cantor, o clipe atingiu 1,2 milhão de visualizações no Youtube, ou seja, são várias "donas Roselys" espalhadas por aí, admirando a produção do clipe.

E vou dizer que temos que dar nosso lindo bracinho a torcer.  Aos 21 anos, Luan Santana envelheceu aproximadamente 50 anos no clipe, lançado no domingo, 29 de julho, no Fantástico. Na primeira produção de época e em que aparece atuando, o cantor interpreta uma história de amor que começa na década de 60 e termina nos dias atuais.

Para envelhecer, o cantor usou um molde em seu rosto. Com o material fino, de textura semelhante à de uma gelatina, foi possível reproduzir as expressões e os detalhes do rosto. Foram necessárias três horas para a transformação.

Você pode odiar o cara, mas que ele fez um bom trabalho, ah isso ele fez, ou não teríamos nem notícia do clipe. Claro, o Fantástico deu uma "forcinha", mas não vamos tirar o mérito do rapaz e do diretor do clipe, Alex Batista.

Portanto, engula o orgulho, o preconceito (assim como eu fiz), as críticas, assista-o e entenda o motivo dele ter derretido o coração da mulherada.

Em qual disco você pode achar: Quando Chega a Noite (2012)

domingo, 5 de agosto de 2012

Ser forte

Após um longo e tenebroso "inverno", tenho uma nova música para compartilhar com vocês! Sim, e é nesse clima olímpico que o blog Nem Cinco Minutos retorna... Afinal, as olimpíadas são o retrato mais fiel do espírito esportivo e, quem acompanha os jogos olímpicos vê histórias de superação, persistência e foco. 

Essas histórias nos inspiram e muitas vezes nos emocionam e nada melhor do que um tema olímpico emocionante para retratar a importância da determinação e garra do ser humano. Gloria Estefan conseguiu transmitir isso na canção Reach, música tema das Olimpíadas de 1996, em Atlanta.

Foi o ápice ouvir Gloria cantando às delegações e ao mundo todo a música que coroaria sua carreira. Cantando para mais de um bilhão de pessoas, além de ter a oportunidade de mostrar seu talento a Cuba, já que a viu quem tinha antena parabólica, ela mostrou o que é necessário para conquistar os sonhos que nós temos: determinação.

Você pode não ser um atleta olímpico, mas se emociona ao ouvir esta música e entende que para certos momentos é necessário fazer qualquer coisa para alcançar seu objetivo e nunca esmorecer, mesmo parecendo impossível e improvável a vitória, ou melhor, as vezes a vitória não é o resultado desejado, mas a sensação do dever cumprido.

O clip de Reach, desenvolvido pela NBC traduz em imagens retiradas dos jogos olímpicos de Atlanta o que é alcançar. Assista, caro leitor e entenda a grandiosidade dos sonhos.


Em qual disco você pode achar: Destiny (1996)