sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Sobre verdades

Mais uma semaninha que se passa e hoje tem post para alegria geral da nação \o/

Para hoje temos uma história sobrenatural interessante, que resultou em uma composição do servo da rainha mais conhecido do mundo: Sir Elton John. Dispensa maiores apresentações, eu sei, mas não custa reforçar que cinco prêmios Grammy, cinco Brit Awards e é o único artista que até hoje conseguiu obter seis lançamentos consecutivos no primeiro lugar da Billboard #pegaessaentão
Fato que toda essa sensibilidade e talento se manifesta de maneiras, como dizer, um tanto obscura. Em uma entrevista, Elton disse que compôs a música “Song For Guy” em um domingo e ele imagina que estava flutuando no espaço, olhando seu corpo.
Ele escreveu essa música justamente pensando no que grande parte dos seres humanos teme ou tem curiosidade: a morte. Ele se sentia obcecado por esses pensamentos de morte e uma frase que se repete ao longo da canção: a vida não é tudo.
No dia seguinte, ele foi informado de que Guy Burchett, office boy da gravadora na qual ele trabalhava, com apenas 17 anos, tinha falecido tragicamente em um acidente de motocicleta no dia anterior. “Guy morreu no dia em que escrevi essa música”, relatou Elton.

Saíram algumas lendas – não comprovadas – sobre a morte de Guy e a composição dessa música. O fato é que talvez ele tenha tinha uma premonição do que viria pela frente ou uma triste coincidência, mas uma coisa é para se pensar com carinho: a vida terrena é muito curta.

A Single Man - 1978

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Que hino... que hino!

Para hoje temos um hino da resistência, da fênix que cada um tem dentro de si.

Composta no final dos anos 70 por Freddie Perren e Dino Fekaris, I Will Survive não era considerada uma boa aposta. Ela não tinha as características de uma música Disco, com vários vocais e recursos. Era algo mais “clean”.

Já a interprete da música, Gloria Gaynor, que estava vivenciando momentos difíceis, como a paralisia por conta de uma queda que teve durante uma apresentação e o falecimento recente de sua mãe. Temia por sua carreira e não sabia se teria seu contrato com a gravadora renovado. Os compositores da canção ligaram para ela certo dia e fizeram a pergunta do milhão: que tipo de música você quer para o lado B do seu disco? E ela respondeu: “uma que atinja o coração das pessoas e que seja importante para elas”.

Apresentaram então a melodia e ela gravou. E virou sucesso, hit, rendeu o único Grammy da música Disco e se perpetuou em outras tantas regravações em diversos idiomas (até em turco minha gente!). Glória ainda escreveu um livro chamado “We Will Survive”, no qual conta histórias de pessoas cuja vida mudou graças à canção.

Falando em atingir pessoas, a comunidade gay se apoderou da canção, fazendo-a um hino de resistência. As mulheres adotaram-na também, pelo viés de libertação e independência que a música oferece. Recentemente, 21 atores de Hollywood gravaram suas vozes para se manifestarem contra o então novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. E viva la revolución!


O início dessa música conta a história de uma pessoa que foi abandonada e dos dias de sofrimento que então se seguiram. Até aí, normal. A virada de chave que é o ponto alto da música: a volta por cima. Mostra que todo mundo é vulnerável, mas passa. E depois que passar, por favor, não perturbe. Nunca mais.

Versão da Gloria Gaynor, de 1979
Mas...
Eu gosto mesmo dessa versão aqui:
Pegada rock-revoltada-irônica (trocar o stupid por f*&¨% lock foi A sacada).

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Aleluia!

Tem história para contar? Tem!
Agradeço você que está aqui, firme e forte, lendo esse blog que criou pó, teia de aranha e outras coisas medonhas que a mente humana pode imaginar. Ele estava lá, no fundo da gaveta do armário do quartinho da bagunça, esperando seu momento de voltar a produzir.
Eu sou uma contadora de histórias, graças a Deus. Portanto, eu decidi que este blog vai virar um “Pokémon” e vai evoluir! A partir do próximo mês teremos um canal no Youtube e euzinha aqui farei uma resenha do que eu conto lá com detalhes. Tudo em prol de eternizar belas canções.
Mas além de contar o que muita gente quer saber, eu quero expressar o que eu penso sobre o tema da música. Como uma andorinha só não faz verão, eu conto com a colaboração dos leitores para uma discussão saudável.
Sem mais delongas, habemus postagem.
Aconteceu algo bem legal no dia de hoje. A empresa para qual trabalhou publicou uma matéria sobre dois cantores amadores: o Carlos e eu. 
O Carlos canta divinamente! Que orgulho estar na mesma matéria que ele! Preciso, inclusive, agradecê-lo, pois a inspiração da postagem de hoje partiu da música que ele cantou: uma versão de Hallelujah, de Leonard Cohen.
Se você por um acaso do destino não ouviu na trilha sonora de uma das centenas de produções para TV e cinema, por favor, pare o que está fazendo e vá ouvir. A música conta com inúmeras versões (em 2 anos somou 39 versões diferentes), levou anos para ser concluída, sendo a mais consagrada versão com 04 estrofes fixas e 03 adicionais, devidamente combinadas por quem canta. Inclusive, tem diversos intérpretes, o mais conhecido é Jeff Buckley. É emocionante o poder dessa música.
Pouco antes de falecer, o autor da obra disse que sentia que ela era reproduzida excessivamente. Temia a exaustão, mesmo sendo o ponto alto de seus shows. Em pensar que em seu lançamento em 1984 para o álbum Various Positions nenhuma crítica publicada na época sequer mencionou a canção. Para falar a verdade, nem a gravadora acreditava na música. Uma heresia!
Repleta de menções as histórias da bíblia, a música traz reflexão sobre o que você é, o que você sente, o que espera dessa vida (e porque não de outras vidas). Acreditar no que não faz sentido, no invisível... é um desabafo, um alívio, tão reconfortante como um grito de aleluia.

Onde ouvir: escolha a versão que te faça sentido, pelo cantor que fale com você. Se quiser a original, está no álbum Various Positions, de Leonard Cohen, 1984.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017