sábado, 2 de fevereiro de 2013

A morte do cisne

Sempre ouvi dizer que há hora e lugar para tudo e para todos. Tem quem diga que somos nós mesmos que criamos oportunidades e as destruímos, seja por medo, por falta de vontade, preguiça, por brigas...

Nessas minhas pesquisas para o blog notei que muitas bandas terminam na maioria das vezes por brigas mas, isso é assunto para outro dia, para outra oportunidade, para outro momento.

O fato é que em 1995 Sammy Hagar dava sinais de que deixava o Van Halen. O "gato subiu no telhado" no disco Balance, que tem uma cara mais eu-tenho-moral-pra-fazer-música-instrumental e produtor que é produtor sabe que todo disco precisa de um hit pra decolar. Óbvio que ninguém tinha pensado numa canção de amor (aham, tá, senta lá Cláudia) e o Sr. Eddie Van Halen pediu um final de semana para pensar e ele SÓ aparece com um dos maiores sucessos do grupo, Can't Stop Lovin You. O produtor ficou bem feliz viu? 

O Eddie Van Halen usa uma guitarra Ernie Ball Music Man com captação piezo, o que dá aquela idéia de guitarra elétrica e violão, ao mesmo tempo. Além disso, ele diz que gravou usando um amplificador muito antigo da Fender e que ficou muito bom, obrigada por perguntar.

Um detalhe muito bacana é a menção do nome “Ray”, quase no final da música. O Sammy Hagar diz: “Hey Ray, what you said is true, I Can’t Stop Loving You…”. O tal do Ray é o Ray Charles, que gravou na década de 1960 uma música com o título homônimo (http://www.youtube.com/watch?v=aQXsM1l2wZ8). Segundo informação do Sammy Hagar, a letra seria uma referência ao seu relacionamento com sua ex-esposa, Betsy. Na época da gravação do disco, o casal enfrentava um divórcio traumático para as partes envolvidas e isso estaria afetando, em parte, o relacionamento da banda com o vocalista (principalmente em relação a qualidade das letras escritas pelo Red Rocker e a constantes ausências do mesmo nas sessões de gravação, algo muito reclamado por Eddie Van Halen, Alex Van Halen e Mike Anthony à época).

Trocando em miúdos, acabou o casamento do Sammy Hagar e a sua participação na banda. Faz muita falta  no Van Halen mas ainda bem que ele deixou uma música deste calibre para os órfãos dele.

E hey Sammy, o que você disse é verdade, é difícil parar de amar alguém e não importa o que façam ou digam, você fez toda a diferença no Van Halen!

Em qual disco você pode achar: Balance (1995)


domingo, 20 de janeiro de 2013

A volta dos que não foram

Eu volteeeeeii, voltei para ficaaaaar, por que aquiiii, aqui é meu lugar!!

Ah Deus, que saudades de escrever aqui... Mas a vida é tão louca e a minha então nem se fale e, como resultado, abandonei uma das coisas que mais gostei de ter feito em 2012.

Daí fui vendo as minhas postagens... as visualizações que tive, as cobranças que recebi do tipo "Mas e aí?? Não vai voltar a escrever nunca mais?". Realmente, negligenciei e vi que tudo estava como antes: a vontade de escrever, as pessoas que gostam de ler, tudo! Só estavam aguardando que eu voltasse a digitar enlouquecidamente as palavras que surgiam na minha cabeça.

Penso que o Roberto Carlos quando escreveu "O Portão" teve o mesmo sentimento. O sentimento de voltar para algo bom, que traz conforto, calma, paz... O Axaxá  - esse é o nome do cachorro da composição - conseguia dar a sensação de "lar" ao Roberto.

Abaixo transcrevo um trecho, lindo, que conta a história do herói deste post, o Axaxá


"Na música O Portão, quando meu pai canta "Eu cheguei em frente ao portão / Meu cachorro me sorriu latindo", ele retrata uma cena que de fato acontecia, em nossa casa no Morumbi, onde moramos até o final da década de 70. O cachorro que sorria latindo era o Axaxá, um vira-latão mesmo, um vira-lata autêntico, original, bem peludinho, branco, de porte médio, daqueles de orelhas caídas, o rabo enrolado para cima, em forma de C. Aliás, uma coisa que me faz especialmente bem, nas músicas dele, é retratar as cenas que ele viveu, ou imaginou, ou que alguém viveu. 
Aquela cena acontecia quando ele voltava de shows, de viagens. Nossa casa tinha uma rampa grande, na entrada. Era ali que o Axaxá ficava esperando por ele, atrás do portão. Meu pai chegava de carro, buzinava, ia subindo a rampa e o Axaxá corria atrás, como um louco. Ficava dando voltas em torno do carro, querendo entrar. Quando meu pai descia, ele ficava dando voltas em torno do meu pai, sem pular no peito ou nas pernas do meu pai, mas fazendo festa. E meu pai também fazia a maior festa para o Axaxá. Nós o chamávamos de Xaxá, mas o nome certo era Axaxá, tirado de um livro infantil, que meu pai leu nos tempos de criança, em Cachoeiro de Itapemirim. Axaxá foi o cachorro da minha infância. Foi o cachorro da nossa infância, minha e de minhas irmãs Ana Paula e Luciana. Entre ele e meu pai, existia uma ligação muito forte, uma ligação emocional."Publicado na Revista "Na Poltrona" n° 26, de agosto/2001, por Dudu Braga.

Roberto se separou da esposa, foi morar num hotel e o Axaxá ficou... Ele ouvia a música de Roberto no rádio e uivava junto. Era a saudade que doía e sumia quando ele aparecia para visitar as crianças. Quem é filho de pais separados sabe o que é isso. Eu passei por isso e era bem assim: O Snoopy (meu finado cachorro) enlouquecia quando via meu pai chegando e ficava olhando pra gente com uma cara de "cadê ele??!" que era desanimadora.

Meu blog estava com saudades de mim e eu com saudades dele. Nossa relação é especial, assim como eu tenho com outras coisas que me pertencem. Então eu voltei, para as coisas que eu deixei. Eu voltei.
Em qual disco você pode achar: Roberto Carlos (1974)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Hoje é dia 28, que dia tão feliz!


Má vá que eu abandonei meu blog e não ia escrever nadinha de nada bem nessa data que para mim é sempre uma celebração fantástica: O meu aniversário.
Tá, pode parecer de exibicionismo e egocentrismo sem fim mas fazer o que? Eu adoro comemorar aniversário e fazer festa! Tá na minha essência pessoas que leem esse blog fielmente.

Daí eu quero perguntar a você o seguinte: Sabe qual a melodia mais conhecida em todo o mundo? Sim, resposta correta se você disse "Parabéns a você".

A melodia tem origem na canção "Good Morning to All" ("Bom dia a todos"), das irmãs e professoras norte-americanas do Kentucky, Mildred e Patricia Smith Hill, que resolveram compor uma canção para as crianças cantarem na entrada da escola.Era acompanhada pela repetição do título quatro vezes. Isto ocorreu no ano de 1874, ou seja, é velho pra caramba!

As duas registraram a composição em 1893, até que em 1923 a composição foi publicada num livro de Robert Coleman, tendo conservado a melodia e alterado o verso para Happy Birthday to You" ("Feliz Aniversário a Você"), versão que rapidamente se popularizou. Em 1933 Jessica Hill, irmã das verdadeiras autoras, ingressou na justiça reivindicando os direitos autorais, saindo vitoriosa.

Mas o legal mesmo é como chegou ao Brasil. Acreditem ou não mas a música era cantanda em inglês. Daí, o Almirante, da Rádio Tupi do Rio de Janeiro, organizou em 1942 um concurso para escolher uma letra que casasse com a melodia de "Happy Birthday To You". Dentre cerca de 5 mil participantes, a vencedora escolhida pelo júri composto por imortais da Academia Brasileira de Letras foi Bertha Celeste Homem de Mello, paulista de Pindamonhangaba. Bertha, até a morte, em 1999, fazia questão de que as pessoas cantassem a letra do jeito que ela escreveu, como no excerto abaixo:
Parabéns a você,
nesta data querida,
muita felicidade,
muitos anos de vida

Parabéns a você
nesta data querida
muita felicidade,
muitos anos de vida!


Seguido do bordão brasileiro descrito na sessão seguinte.
Em alguns locais pode ser adicionalmente cantado:
Hoje o/a <nome> faz <idade> anos
Porque Deus assim quis
O que mais desejamos
É que seja feliz!

Ou:

O(a) <nome> faz anos,
O azar é só dele(a),
Cada ano que passa,
Ele(a) fica mais velho(a).

Uma das possíveis origens para este bordão é o ambiente acadêmico da Faculdade de Direito do Largo São Francisco (tinha que ser advogado né?), cujos estudantes eram convidados para festas de aniversário e utilizavam os seus bordões de costume para animá-las. O bordão é uma colagem de diversos outros bordões usados pelos estudantes, como pic-pic referindo-se a um dos estudantes que mantinha consigo uma tesoura para aparar a barba e o bigode e rá-tim-bum que teria se originado do nome Timbum de um rajá indiano que teria visitado a faculdade.

Eu quero aqui deixar registrado que a música tem um dos desejos mais bacana que um amigo pode fazer a outro: muita felicidade e muitos anos de vida!Então, meus amigos que me desejaram esse bem precioso, eu só tenho a dizer MUITO OBRIGADA e que um anjo passe e diga amém. Minha vida seria totalmente sem sentido se eu não tivesse vocês.

Beijo grande




terça-feira, 23 de outubro de 2012

Rumo ao início do fim

Olá leitores deste singelo blog!

Quero muito dividir algo com vocês... Não sei se vocês sabem mas a autora deste é uma graduanda do curso de Direito e membro da Comissão de Formatura. Sim, é cansativo e ouso a dizer que se assemelha a uma maratona. A diferença que a minha maratona já dura 5 anos.

Porém, como qualquer prova de resistência, chegar ao final do seu trajeto é uma sensação mágica. Me dei conta disto no último final de semana, onde tive a nítida sensação que tá acabando mesmo. Como se o contador estivesse chegando aos 45 minutos do 2º tempo, como se o gongo fosse soar a qualquer momento ou como se eu já conseguisse avistar a bandeira quadriculada ao longe.

Quando fui apresentar a proposta da formatura aos alunos, levei um vídeo que tem uma canção que retrata a sensação de ser vencedor. Quem assistiu o vídeo leu palavras de um futuro bom, mas foi a música que embalou e deu motivação, aquela motivação que os atletas têm quando estão chegando ao fim.

Tina Turner homenageou alguns ícones do esporte com a música "The Best", sendo tema para três atletas: o lendário boxeador Chris Eubank (que fez uma aparição surpresa ao lado de Tina, no palco, durante a entrega do MOBO Awards), o piloto brasileiro de F1 Ayrton Senna (que subiu ao palco para abraçar Tina em Adelaide, na Austrália, setembro de 1993, enquanto ela o chamava de "The Best", ou seja, "o melhor"), e a lendária tenista Martina Navrotilova. A canção também promoveu a campanha da competição profissional de futebol na Austrália. A propaganda trouxe muitos interessados aos jogos e, então, Tina foi chamada para cantar o tema na final da competição, no mesmo ano de 1993. 

Assim, como fez a Tina Turner, fica aqui minha pequena e modesta homenagem aos "The Best" que eu conheço: meus colegas que se formam, assim como meus amigos que depois de tantos trancos e barrancos provaram que sim, somos os melhores e é só o começo de uma bela carreira. Vocês são demais!

Em qual disco você pode achar: Foreign Affair (1989)


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Oppa gangnam style!


Quem nunca viu um coreano, baixinho, gordinho, dançando esquisito uma musica que gruda na cabeça o dia todo, precisa ver!
A canção a qual me refiro é a Gangam Style de autoria do rapper sul-coreano – sim, a Coréia do Sul tem rappers – que adotou o nome artístico de Psy.
Lançada em 15 de julho de 2012, seu videoclipe possui o maior número de visualizações para uma canção de K-pop (é o estilo adotado pelo Psy) no YouTube. Em 20 de setembro de 2012, o rapper alcançou a marca de 2.141.758 "gostei” e foi reconhecido pelo Guinness World Records como o vídeo com mais likes do youtube. Em 13 de outubro de 2012, Gangnam Style já possui mais de 3.980.627 likes e 450 milhões de visualizações. Para o universo sul-coreano e, por óbvio, em todas as redes sociais, Psy surpreende e volta os olhos do mundo todo para o pequeno país asiático, batendo em popularidade seus rivais mais próximos: o clipe Party Rock Anthem, de LMFAO (1,5 milhão de "Gostei"); Baby, de Justin Bieber (1,3 milhões), e Rolling in the Deep, de Adele (1,2 milhões), segundo a agência local Yonhap.
Quem diria não? O que começou com uma sátira e uma leve crítica sobre o estilo de vida luxuoso de um distrito de Seul, Gangnam (por isso o nome da música), com uma dança que simula um passeio a cavalo que arranca gargalhadas, terminou como um sucesso mundial. Psy foi até convidado para dar a bandeirada final no GP da Coréia do Sul no último domingo, dia 14 de outubro. Nem preciso dizer o prestígio que isso significa, não?
Fica o convite e a dica. Desafio você a assistir o clip e não cantarolar baixinho “Oppa gangnam style!”.
  Em qual disco você pode achar:  PSY's Best 6th Part 1

sábado, 13 de outubro de 2012

Amor e glitter numa só voz


Feriado frio, chuvoso, quase melancólico... Sábado com cara de domingo, só que um domingo com final feliz: amanhã não é segunda-feira!

Para dias assim, nada combina melhor do que assistir filminhos. Cabe aqui uma recomendação a você que ama o rock dos anos 80.

Rock of Ages traz uma história leve, cheia de sucessos mesclados dos anos mais purpurinados do rock and roll. Tem para todos os gostos: de Twisted Sisters a Journey. Porém, hoje o foco vai para um grupo mais "farofa" como uma vez me disseram ou banda-favorita-das-menininhas: o Poison.

Para quem não lembra, o Poison é uma banda americana de glam metal que alcançou grande sucesso da segunda metade dos anos 80 à primeira metade dos anos 90. Até o momento, já vendeu mais de 30 milhões de discos ao redor do mundo, sendo 15 milhões só nos EUA. A Banda também já colocou dez singles no Top 40 da Billboard Hot 100, incluindo seis singles Top 10 e o single 1º lugar do Hot 100, "Every Rose Has Its Thorn", e é justamente sobre ela que eu vou contar hoje, já que a bela baladinha faz parte da trilha do filme (que se tornou um dos meus favoritos).

Em entrevista à VH1 Behind The Music, Michaels disse que a inspiração para a música veio de uma noite, quando ele estava em uma lavanderia esperando suas roupas secar, e decidiu ligar para a sua namorada de um orelhão. O que não foi legal foi que Michaels ouviu uma voz masculina no fundo e ficou devastado... (é, basta ler a letra pra ver). Ele disse que voltou para a lavanderia e escreveu "Every Rose Has Its Thorn" como resultado. 

Cicatrizes à parte, é uma bela música, que gosta bastante de aparecer em seriados e em filmes, já que ela já fez parte de episódios do  The O.C., do Yes, Dear e até do Simpson!  

Mas sem dúvida a cena na qual ela está inserida no filme Rock of Ages é bem mais tocante... Afinal, toda a beleza tem seu lado doloroso, assim como toda rosa tem seu espinho.

 Em qual disco você pode achar: Open Up and Say... Ahh! (1988)

domingo, 7 de outubro de 2012

Cumprindo com o dever cívico

Pobre coitado do meu blog... ficou abandonado. Culpa da semana de provas da faculdade! 
Vou cuidar do meu "maior abandonado". Opa, falando nisso, nada melhor falar do eterno maior abandonado, o nosso Cazuza.

Época de eleição é sempre controversa. Tem sempre candidato tentando convencer que o futuro com ele será melhor e a "lavação de roupa suja" no horário político. 

Mas houve uma época em que se anseiava pelas eleições: o período da Ditadura Militar. Na época, o Rock in Rio de 1985 estava acontecendo - aproveito este momento para dizer que, na minha singela opinião, foi o melhor Rock in Rio e o verdadeiro né? Vamos combinar - e o Barão Vermelho, se apresentou no festival.

 Assim, a apresentação da banda no quinto dia tornou-se antológica por coincidir com a eleição do presidente Tancredo Neves e com o fim do "período das trevas brasileiro". Cazuza anunciou esse fato ao público presente e para comemorar, cantou "Pro Dia Nascer Feliz", música que compõe o disco "Barão Vermelho 2", que antecede o disco "Maior Abandonado" e virou um grande hit da banda carioca (quem nunca berrou "o mundo inteiro acordar e a gente dormir"?).

Fazendo uma comparação com o período atual, devo aconselhar você, caro leitor que irá votar que pense muito bem antes de digitar os números naquela urna eletrônica. Parece pouco e bobagem, uma verdadeira "encheção de saco" mas, mais uma vez, depende do nosso voto para que tenhamos esperança que um dia desses, o dia pode nascer feliz.

 
Em qual disco você pode achar:Barão Vermelho 2 (1983)