segunda-feira, 9 de julho de 2012

Melhor que a encomenda

Parece triste... mas é triste!
Parece forte... mas é forte!
Parece que ela foi escrita a partir de um desabafo... mas não foi não!

Pasmem, a música interpretada pela Sinéad O'Connor não foi escrita por ela para a falecida mãe, como muitos afirmam. A música, que é de uma sensibilidade extrema, foi composta por Prince para a banda The Family e regravada por Sinéad, por simplesmente se encaixar perfeitamente aos momentos vividos por ela.

O'Connor foi abusada na infância, sofreu maus-tratos da mãe e mesmo assim sentiu muito com a sua perda, dedicando-lhe o seu primeiro disco. Além disso, teve 3 abortos espontâneos, algumas tentativas de suicídio, foi excomungada pela Igreja Católica  e para acabar de completar a "alegria" ela terminava seu relacionamento com John Reynolds quando gravou a canção. Nem preciso citar que ela era completamente apaixonada pelo baterista, né?

Para marcar a ferro e a fogo sua tristeza e melancolia, ela grava o single com estréia em março de 1990 na Inglaterra e o clip, de característica sombria em sua essência, em Paris.

Ao final, ela decide expressar sua dor nas lágrimas mais sinceras dos anos 90 e quiçá, da atualidade. Estremece qualquer corpo, faz com que você se compadeça e dá até vontade de dar o ombro para que ela possa chorar.
  
Enfim, a música é pulsante e consegue provar o que eu sempre digo: Nem sempre é preciso escrever uma música para que ela se encaixe no seu momento de vida. As vezes  não é sua mão que a escreve mas ela até parece que foi escrita por (e para) você. É aquela encomenda, assim, do seu tamanho, totalmente sob medida... não é?


Em qual disco você pode achar: I Do Not Want What I Haven't Got (1990)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

E se conselho fosse bom...

Na primeira postagem eu prometi que os gêneros musicais seriam variados e através deste post conseguirei cumprir com a promessa.

Ao pensar em palavras que ultimamente venho proferindo a alguns amigos, eu pensei o seguinte: Devo ser uma boa conselheira, afinal de contas as pessoas me procuram para falar de suas angústias e dúvidas.

Músicas também são boas conselheiras. Quantas vezes você ouviu uma música tocar no rádio, no mp"todos",no "I todos" e ela não te deu uma luz no fim do túnel? E por vezes essa "luz" não foi um trem vindo em sua direção, como pensou que fosse?  Posso dizer por experiência própria que isso aconteceu comigo diversas vezes.

Interessante foi o que Cartola fez na música "O Mundo É Um Moinho". A lenda dessa música - sim, lenda, pois não há uma versão final e tampouco é confirmado pelo Instituto Cartola o que realmente motivou a música - é que quando sua enteada tinha 15 ou 16 anos, a filha de Dona Zica, sua esposa, decidiu sair de casa, em um momento de revolta e desvario, optando por se tornar uma meretriz ou, em outras versões, optou por sair de casa, para morar com um namorado, um homem mais velho, o que para a época era considerado praticamente prostituição.

Não há como saber se ela o ouviu... Mas, ouvindo a canção (que apesar de triste retrata bem a realidade) há certos caminhos que escolhemos na vida que são tortuosos e que nossa visão não nos deixa enxergar e nossos ouvidos não querem ouvir. Se, realmente foi isso o que aconteceu, sabemos que ele tentou ao máximo alertá-la (e a todos). 


Ele foi duro nas palavras? Talvez. Porém há de se lembrar que conselhos não foram feitos para "afagar a cabeça" de quem os ouve. Mas é o tal negócio: se conselho fosse bom...



Em qual disco você pode achar: Cartola II (1976)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

2 em 1


E o maior triângulo amoroso da história do rock chega a vocês, caros leitores! Sim, a Layla, que não é Layla e sim Pattie Boyd ganhou um post só para ela. Pois é, pois é, essa moça foi sortuda, teve composta para ela duas lindas canções de rock.

Primeiro de George Harrison (que, a propósito, se casou com ele) de nome Something. Ouça a música, caso não lembre:


Após alguns anos de casados - e algumas decepções que só a convivência consegue nos trazer -  a esposa de Harrison conhece Eric Clapton, até então amigo pessoal dele. E conversa vai, conversa vem e pronto: Eric estava apaixonado pela bela modelo e fazendo qualquer negócio para conquistá-la.

O tiro de misericórdia no casamento de George e Pattie foi a música Layla. Abaixo a transcrição de um texto publicado no Daily Mail, onde a própria Pattie explica como Eric apresentou a composição à amada:

"A freira dentro de mim achou a situação desconfortável mas estranhamente excitante, e foi no fim daquele ano, depois que Eric tocou “Layla” para mim no apartamento em South Kensington que eu sucumbi a seus avanços."

E tiveram um caso e, mesmo George desconfiadíssimo (para não dizer certo do caso), Eric continuou a assediar Pattie, até conseguir o que queria: a separação deles. Pattie deixou Friar Park, para voar e encontrar com Eric nos E.U.A., em 1974.

Daí, todos me perguntam: Mas afinal, essa moça era tudo isso? De fato, a moça era muito bonita e muito disputada. Dizem as más (ou boas) línguas que Jagger e Lennon também investiram suas fichas para conquistá-la, mas quem levou foi George... ou Eric... enfim, cada um a conquistou em momento oportuno.

O fato é, não podemos nos queixar da beleza e dos encantos de "Layla". Afinal de contas, foi por ela que temos duas canções de amor de deixar qualquer mulher morrendo de inveja.


Em qual disco você pode achar: Layla and Other Assorted Love Songs (1970).

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Quem acredita sempre alcança


Segundo post do blog e já chamo a responsabilidade para a minha pessoa. Decidi falar da banda na qual sou fã desde os meus tenros 12 aninhos. Sim, falo do Aerosmith e do grande vocalista Steven Tyler.

Para quem está curioso, e antes de mais nada, devo dizer que Aerosmith não tem tradução e nem significado. De acordo com a sua biografia “Walk this Way”, o baterista Joey Kramer teria sugerido o nome na escola, quando andavam à procura de um nome para a banda – ele gostava de palavras que começavam por "Aero", e decidiram que "Aerosmith" era a melhor combinação.

E se você quer saber o porque do nome do post, eu lhe explicarei agora, caro leitor. O Steven Tyler é uma pessoa visionária, obstinada e teimosa!

Começo de carreira sempre é difícil, falta dinheiro e sobram sonhos. Por justamente faltar dinheiro, os integrantes do Aerosmith viviam juntos em um apartamento, sujo, pequeno (ou seja, apartamento de roqueiros) e claro, sem esperança, já que a tão sonhada fama não chegava.

E toda santa manhã, Steve Tyler tocava no piano do apartamento onde ele vivia com os demais a mesma melodia e dizia que "seria um grande sucesso um dia". Agora, imagine ouvir todos os dias a introdução de Dream On, repetidamente, sem fim, todos os dias... Sim, o óbvio aconteceu: os outros integrantes não aguentavam mais aqueles primeiros acordes da música.

Pois é o momento de você entender o porque do nome do post: a música irritante foi o 1º single do Aerosmith do álbum homônimo, que vendeu 2 milhões de cópias mais tarde e, imediatamente, tornou-se a música número um do ano em duas rádios populares de Boston (WVBF - Framingham, e WBCN - Boston) e 6º lugar da Billboard. E não é que o Steven estava certo?! A música era um sucesso!

Bem, após essa história, eu pergunto: no mundo da música, existe exemplo melhor de que a vida nada mais é que tentativa e erro?


Em qual disco você pode achar: Aerosmith (1973).

terça-feira, 26 de junho de 2012

Cheguei, chegando!


Pois é, primeiro post, o blog cheira a "coisa nova", e é bem isso mesmo: Projeto novo e eu quero muito tocar (não sei com qual frequencia, mas tentarei não abandonar).

Bom, antes de mais nada, vou fazer uma rápida apresentação sobre ele: A idéia central é falar da história de determinadas músicas. Não tem um ritmo definido - apesar que a possibilidade de eu ser tendenciosa é grande, devido ao meu gosto musical - mas aceito sugestões.

E pra "chegar chegando" eu decidi escolher um clássico de uma banda clássica: All You Need Is Love, do Beatles.

Todo mundo acha essa música sensacional e com uma mensagem positiva - A empresa Blackberry e o Bradesco que o diga - e a idéia era justamente essa. A BBC queria que o grupo tão aclamado fizesse uma música que fosse compreendida por todos os povos e cá entre nós, nada mais fácil de entender em uma música que o amor (ou não teríamos tantas letras que justamente falam sobre ele).

A letra, para quem não conhece, trás uma mensagem totalmente "paz e amor" justamente em um dos piores momentos históricos do E.U.A.: A guerra do Vietnã.Lennon e McCartney trabalharam na letra, até então separadamente, mas o grande "estalo" veio do John.

Assim, em 1967, a equipe do canal londrino BBC convidou os Beatles a participarem do primeiro evento transmitido mundialmente via-satélite, ao vivo simultaneamente para 26 países: o programa Our World. Esse trabalho envolveu redes de TV das Américas, Europa, Escandinávia, África, Austrália e Japão.E lá estão eles, no auge do sucesso, fazendo história, que aliás completou 45 anos no último dia 25 de junho.

Os Beatles convidaram vários amigos para participarem do evento, cantando o coro da canção, entre eles Mick Jagger, Eric Clapton, Marianne Faithfull, Keith Moon e Graham Nash. O programa foi visto por cerca de 350 milhões de pessoas e foi responsável por eternizar ainda mais o nome dos Beatles na História da Humanidade.

Honestamente, espero que vocês tenham gostado dessa história. Me surpreendeu saber a força que teve essa canção numa época tão pesada e que ainda permanece tão atual, pois ainda traduz que "tudo que nós precisamos é amor".


Em qual disco você pode achar: Yellow Submarine (UK) ou  Magical Mystery Tour (EUA).