Para hoje temos um hino da
resistência, da fênix que cada um tem dentro de si.
Composta no final dos anos 70 por
Freddie Perren e Dino Fekaris, I Will Survive não era considerada uma boa aposta.
Ela não tinha as características de uma música Disco, com vários vocais e recursos. Era algo mais “clean”.
Já a interprete da música, Gloria
Gaynor, que estava vivenciando momentos difíceis, como a paralisia por conta de
uma queda que teve durante uma apresentação e o falecimento recente de sua mãe.
Temia por sua carreira e não sabia se teria seu contrato com a gravadora renovado.
Os compositores da canção ligaram para ela certo dia e fizeram a pergunta do
milhão: que tipo de música você quer para o lado B do seu disco? E ela
respondeu: “uma que atinja o coração das pessoas e que seja importante para elas”.
Apresentaram então a melodia e
ela gravou. E virou sucesso, hit, rendeu o único Grammy da música Disco e se perpetuou em outras tantas regravações
em diversos idiomas (até em turco minha gente!). Glória ainda escreveu um livro
chamado “We Will Survive”, no qual conta histórias de pessoas cuja vida mudou
graças à canção.
Falando em atingir pessoas, a comunidade
gay se apoderou da canção, fazendo-a um hino de resistência. As mulheres adotaram-na
também, pelo viés de libertação e independência que a música oferece. Recentemente,
21 atores de Hollywood gravaram suas vozes para se manifestarem contra o então
novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. E viva la revolución!
O início dessa música conta a
história de uma pessoa que foi abandonada e dos dias de sofrimento que então se
seguiram. Até aí, normal. A virada de chave que é o ponto alto da música: a
volta por cima. Mostra que todo mundo é vulnerável, mas passa. E depois que
passar, por favor, não perturbe. Nunca mais.
Versão da Gloria Gaynor, de 1979
Mas...
Eu gosto mesmo dessa versão aqui:
Pegada
rock-revoltada-irônica (trocar o stupid por f*&¨% lock foi A sacada).
Excelente postagem! Parabéns!
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