sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Que hino... que hino!

Para hoje temos um hino da resistência, da fênix que cada um tem dentro de si.

Composta no final dos anos 70 por Freddie Perren e Dino Fekaris, I Will Survive não era considerada uma boa aposta. Ela não tinha as características de uma música Disco, com vários vocais e recursos. Era algo mais “clean”.

Já a interprete da música, Gloria Gaynor, que estava vivenciando momentos difíceis, como a paralisia por conta de uma queda que teve durante uma apresentação e o falecimento recente de sua mãe. Temia por sua carreira e não sabia se teria seu contrato com a gravadora renovado. Os compositores da canção ligaram para ela certo dia e fizeram a pergunta do milhão: que tipo de música você quer para o lado B do seu disco? E ela respondeu: “uma que atinja o coração das pessoas e que seja importante para elas”.

Apresentaram então a melodia e ela gravou. E virou sucesso, hit, rendeu o único Grammy da música Disco e se perpetuou em outras tantas regravações em diversos idiomas (até em turco minha gente!). Glória ainda escreveu um livro chamado “We Will Survive”, no qual conta histórias de pessoas cuja vida mudou graças à canção.

Falando em atingir pessoas, a comunidade gay se apoderou da canção, fazendo-a um hino de resistência. As mulheres adotaram-na também, pelo viés de libertação e independência que a música oferece. Recentemente, 21 atores de Hollywood gravaram suas vozes para se manifestarem contra o então novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. E viva la revolución!


O início dessa música conta a história de uma pessoa que foi abandonada e dos dias de sofrimento que então se seguiram. Até aí, normal. A virada de chave que é o ponto alto da música: a volta por cima. Mostra que todo mundo é vulnerável, mas passa. E depois que passar, por favor, não perturbe. Nunca mais.

Versão da Gloria Gaynor, de 1979
Mas...
Eu gosto mesmo dessa versão aqui:
Pegada rock-revoltada-irônica (trocar o stupid por f*&¨% lock foi A sacada).

Um comentário: